Algumas considerações apresentadas no Simpósio Internacional- (In) Disciplina escolar: confrontando e problematizando concepções e ações, relativas ao trabalho de pesquisa da UNISINOS, em escola pública.
“...De imediato o processo investigativo indicou:
1. Falar de indisciplina é falar de um fenômeno complexo, multifacetado
e que não encontra sentido único; logo tratar desta problemática implica em
lidar com realidades, concepções e fenômenos heterogêneos;
2. Escola e indisciplina sempre estiveram associadas, desde os meados do
século XIX, com a institucionalização da escola como aparelho reprodutor do
Estado, com a implantação da racionalidade moderna e com a emergência dos
moldes de produção industrial. Só que hoje a escola não pode mais dar conta da
questão da "disciplina" da mesma forma como dava antes, pois, o que
se concebia como escola e aluno já não mais faz sentido;
3. Juízos morais e políticos
sempre estarão presentes nos estudos sobre a temática, mas precisamos analisar
o fenômeno disciplina na sua totalidade e complexidade.
Até então concluímos que precisamos:
a)desmanchar mitos, contrapor concepções professor/aluno; aluno/aluno;
equipe diretiva/professor/aluno;
b)evitar posições extremas – não dramatizar e não ignorar as questões de
disciplina/indisciplina;
c)colocarmo-nos numa perspectiva de reflexão e análise.
d)tentar entender como os discursos são construídos, desvelando-os e
questionando-os;
e)revelar (desvelar) a fragilidade da ordem escolar, localizando-a no
espaço da ordem social.
Para, além disso, a análise dos
tensionamentos anteriormente apontados tem permitido ao grupo avançar na
compreensão do cotidiano escolar e da questão da (in) disciplina”.
“...Assim, ao entendermos melhor a temática pretende-se "buscar
alternativas de sociabilidade", alternativas democráticas que apontem para
horizontes de "emancipação", que neutralizem o risco de erosão do
contrato social (Santos, 2000).
Acreditamos que essas alternativas democráticas passam, necessariamente, por um diálogo rigoroso, que não quer dizer "rigidez". "O rigor vive com a liberdade, precisa da liberdade" (FREIRE, 1987, p. 98). “Por outro lado, “a liberdade precisa de autoridade para se tornar livre” (Ibidem, p.115).”
Forster, Mari Margarete dos Santos; Schwieder, Emanuel
Otto; Lisboa, Joiciana Gonçalves; Sbicigo, Juliana Burges
Universidade do Vale do Rio
dos Sinos – UNISINOS – Programa de Pós-Graduação em Educação.
www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000082005000
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Enviado por Tere Araujo.
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