terça-feira, 9 de outubro de 2012

Considerações sobre (In)Disciplina



                              Algumas considerações apresentadas no Simpósio Internacional- (In) Disciplina escolar: confrontando e problematizando concepções e ações, relativas ao trabalho de pesquisa da UNISINOS,  em escola pública.

“...De imediato o processo investigativo indicou:

1. Falar de indisciplina é falar de um fenômeno complexo, multifacetado e que não encontra sentido único; logo tratar desta problemática implica em lidar com realidades, concepções e fenômenos heterogêneos;
2. Escola e indisciplina sempre estiveram associadas, desde os meados do século XIX, com a institucionalização da escola como aparelho reprodutor do Estado, com a implantação da racionalidade moderna e com a emergência dos moldes de produção industrial. Só que hoje a escola não pode mais dar conta da questão da "disciplina" da mesma forma como dava antes, pois, o que se concebia como escola e aluno já não mais faz sentido;
 3. Juízos morais e políticos sempre estarão presentes nos estudos sobre a temática, mas precisamos analisar o fenômeno disciplina na sua totalidade e complexidade. 

Até então concluímos que precisamos:
 
a)desmanchar mitos, contrapor concepções professor/aluno; aluno/aluno; equipe diretiva/professor/aluno;
b)evitar posições extremas – não dramatizar e não ignorar as questões de disciplina/indisciplina;
c)colocarmo-nos numa perspectiva de reflexão e análise.
d)tentar entender como os discursos são construídos, desvelando-os e questionando-os;
e)revelar (desvelar) a fragilidade da ordem escolar, localizando-a no espaço da ordem social.
    Para, além disso, a análise dos tensionamentos anteriormente apontados tem permitido ao grupo avançar na compreensão do cotidiano escolar e da questão da (in) disciplina”.
“...Assim, ao entendermos melhor a temática pretende-se "buscar alternativas de sociabilidade", alternativas democráticas que apontem para horizontes de "emancipação", que neutralizem o risco de erosão do contrato social (Santos, 2000).

Acreditamos que essas alternativas democráticas passam, necessariamente, por um diálogo rigoroso, que não quer dizer "rigidez". "O rigor vive com a liberdade, precisa da liberdade" (FREIRE, 1987, p. 98). “Por outro lado, “a liberdade precisa de autoridade para se tornar livre” (Ibidem, p.115).”
Forster, Mari Margarete dos Santos; Schwieder, Emanuel Otto; Lisboa, Joiciana Gonçalves; Sbicigo, Juliana Burges
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – Programa de Pós-Graduação em Educação.
www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000082005000 - 39k

Enviado por Tere Araujo.


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