Segundo Augusto Cury, no livro “Treinando a emoção para ser feliz”, criamos sociedades complexas, construímos diálogos, produzimos ciência, porque somos uma espécie pensante. Ser uma espécie inteligente nos trouxe muitas vantagens,mas o exercício inadequado da atividade do pensamento trouxe muitos problemas, tais como guerras, discriminações, crimes, injustiças sociais. Além disso, essa atividade também trouxe transtornos internos, como a Síndrome do Pensamento Acelerado - SPA.
O
pensamento precisa ter uma velocidade produtiva adequada para
propiciar saúde emocional. No momento que esta velocidade aumenta,
pode causar sintomas como irritabilidade, insatisfação existencial,
dificuldades de concentração, déficit de memória, fadiga
excessiva, sono alterado, dificuldade de extrair prazer nos
estímulos de rotina diária. Ela é epidêmica e atinge grande parte
da população mundial. É gerada pelo excesso de estímulos
produzidos pela imprensa escrita, pela mídia, pela ciência, pela
educação, pelo trânsito de informações e preocupações nas
relações sociais. Tal excesso de estímulos gera uma hiperexcitação
da leitura da memória que produz uma hiperaceleração dos
pensamentos, que, por sua vez, gera o ciclo da SPA. Esta síndrome é
geradora da ansiedade. Algumas doenças podem produzí-la, mas,
atualmente, ela tem sido produzida como uma doença isolada,
desencadeada pelo ritmo alucinante e estressante do mundo moderno.
A
característica básica desta síndrome é que as pessoas não
desligam suas mentes, não desaceleram seus pensamentos. O humor fica
flutuante e irritadiço. Frequentemente, sofrem por antecipação.
Outra característica básica é o cansaço físico exagerado e
inexplicável. Lutam para conquistar algo, mas, quando conseguem,
logo perdem o prazer. Detestam a rotina, estão sempre em busca de
novos estímulos para ter um pouco de satisfação, têm dificuldade
de contemplar o belo nos pequenos estímulos da rotina diária.
A
SPA nos alunos: explicando o caos da educação:
Os
jovens em especial são vítimas da SPA. Os professores de todas as
sociedades modernas não sabem por que os alunos da atualidade cada
vez se concentram menos em sala de aula e estão mais irritadiços e
inquietos. Essa síndrome os leva a ter baixa capacidade de pensar
antes de reagir e a procurar novos estímulos para excitar sua emoção
insatisfeita, por isso tumultuam o ambiente.
Não
estamos produzindo pensadores, mas sim reprodutores do conhecimento.
Não estamos formando jovens emocionalmente saudáveis. Os alunos
saem das escolas com milhões de informações e um diploma nas mãos,
porém despreparados para a vida. São necessárias novas técnicas
psicopedagógicas para melhorar o rendimento intelectual e promover a
educação da emoção. Se não houver mudança, se não houver
mudança nas suas bases, nossos professores adoecerão cada vez mais
e nossos alunos não sobreviverão num mundo competitivo, agressivo
e, frequentemente, menos humano.
Os
professores são poetas da vida, eles precisam resgatar a autoestima.
A esperança do mundo está sobre os ombros da educação.
Entretanto, ser professor tem se tornado uma usina de stress. A
educação moderna deve priorizar o treinamento da emoção.
Técnicas
de treinamento para a educação da emoção: a educação
participativa:
- Educação participativa
- Exposição dialogada
- Contador de histórias
- Reconstruir o rosto do conhecimento
- Elogiar e resgatar a autoestima dos alunos
- Cruzar o mundo dos professores com o dos alunos
- Ensinar técnicas do treinamento da emoção e gerenciamento do pensamento
Bibliografia:
Cury,
Augusto. Treinando a emoção para ser feliz: Nunca a autoestima foi
tão cultivada no solo da vida! - 2 ed. - São Paulo: Editora
Academia de Inteligência, 2007.
Claire,
Loici, Renan, Simone e Tere Araújo
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